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Paulo Câmara falou pela primeira vez, nesta segunda (13), sobre operação da PF, deflagrada na quinta (9)

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se pronunciou pela primeira vez após a deflagração da Operação Torrentes, da Polícia Federal, que apontou fraudes em contratos para reestruturação de municípios da Zona da Mata Sul, após as enchentes de 2010 e deste ano. Na quinta-feira (9), integrantes da cúpula da Polícia Militar que atuaram na Secretaria da Casa Militar foram presos sob suspeita de envolvimento no esquema. Nesta segunda-feira (13), o chefe do Executivo estadual evitou falar sobre punição para esses oficiais, até que as denúncias sejam apuradas.

"Prezo muito pela transparência, pela boa aplicação dos recursos públicos. Não vou admitir que denúncias como essa não sejam primeiro investigadas para depois ocorrerem punições. Meu governo é muito sério, transparente e trabalha muito em benefício para a população de Pernambuco”, pontuou.

A declaração foi dada após a aula inaugural do curso de formação e habilitação do Corpo de Bombeiros. O evento ocorreu no Centro de Convenções, localizado em Olinda, no Grande Recife. Na ocasião, Paulo Câmara afirmou que a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) analisa o inquérito apresentado pela PF.

“Nós temos que respeitar isso [mandados de prisão e busca e apreensão nos prédios do governo], mas não podemos achar que é normal. Então, nós estamos estudando o inquérito e teremos a verdade. Isso é o nosso olhar agora, porque eu quero a verdade, como todos os pernambucanos", concluiu.

Entenda o caso

A Operação Torrentes surgiu a partir de denúncias anônimas envidas à Controladoria Geral da União em Pernambuco, no ano passado. Os contratos investigados totalizam R$ 450 milhões para compra de comida, colchões, filtros de água e lonas de proteção para os desabrigados.

Segundo a PF, a fraude no valor de contratos para reestruturação de municípios da Mata Sul de Pernambuco após as enchentes de 2010 e deste ano pode chegar até a 30%. Segundo os investigadores, foi verificado ainda um conluio entre quatro grupos de empresas para que se conseguisse as licitações durante os períodos emergenciais.

De acordo com a PF, a 36ª Vara Federal expediu 71 mandados judiciais, sendo 36 de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 20 de condução coercitiva. Também houve uma condução coercitiva no Pará.

Os 260 agentes da PF, de 10 estados, realizaram buscas nos prédios da Casa Militar do governo pernambucano, onde atuavam os PMs detidos, e da Vice-Governadoria, no Recife. Houve operação também no Centro de Abastecimento de Pernambuco (Ceasa), Coordenadoria de Defesa Civil (Codecipe), bem como em imóveis no Recife e em Olinda. Seis veículos de luxo, de várias marcas, foram apreendidos pelos policiais federais durante a operação.

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